Aparecida/SP - uma viagem de Fé
Ir a Aparecida/SP sempre foi uma viagem onde me sinto muito a vontade de fazer. Geralmente quem se predispõem a fazê-la já o faz sabendo que é um trecho longo, cansativo e as vezes mais demorado do que o normal se considerar o movimento na rodovia BR 116 no sentido Curitiba/SP.
Esse Post será dedicado a contar sobre a minha primeira viagem de 2024 a Aparecida que aconteceu logo no primeiro mês do ano, e realmente foi uma viagem onde nossa Fé, nosso físico e nossa paciência foram colocados a prova…
Normalmente as viagem a Aparecida/SP saindo de Curitiba/PR são fechadas para saídas em uma sexta-feira a noite para chagada em Aparecida pela manha de sábado, onde o Hotel/Pousada já nos recebe com o tradicional café da manha, e assim os romeiros mais fervorosos, ainda cansados da viagem mas alimentados do corpo e na Fé, seguem para a peregrinacão das missas e visitações a todo o complexo do Santuário NS Aparecida. O descanso fica para a noite de sábado onde após um jantar no local da hospedagem o pessoal repousa para no domingo pela manha ainda fazer mais um percurso de Fé e após o almoço retornar a Curitiba.
Nessa viagem que vou relatar, meu cliente resolveu que gostaria de sair de Curitiba na sexta-feira 21h para chegar em Aparecida bem cedo no sábado, a tempo de iniciar a romaria com as primeiras missas do dia naquela basílica.
Assim foi, conforme o combinado eu cheguei no cliente para fazer o embarque antes das 21h e foi muito interessante porque estavam todos prontos só esperando chegar a van para carregarem suas bagagens e sairmos em viagem. Era um grupo de 12 adultos e inclusive entre eles estava um senhora de mais idade. Durante o embarque fui observando que eles estavam levando bastante guloseimas, muitos quitutes, bebidas não alcólicas e eu até brinquei que estavam levando oferendas para colocar no santuário…rimos e seguimos adequando tudo no interior na van.
Saímos em viagem exatos 21h da sexta-feira. Como sempre faço antes de sair em viagem, além dos avisos de atar os cintos de segurança, dos bancos da van que reclinam, da localização das tomadas para carregamento de celulares, do frigobar abastecido com agua para consumo em bordo, também aviso que é previsto fazermos pelo menos duas paradas para banheiro, dar aquela esticada nas pernas, se quiserem um café, mas também uma troca de acentos entre eles para que ninguém fique desconfortável.
Esse primeiro trecho até a primeira parada foi tudo dentro do normal, sem qualquer ocorrência e até posso dizer que estranhei o pouco movimento de carros e de caminhões, talvez pelo horário. Chegamos na primeira parada era próximo da meia noite, quase virando para sábado. Bacana que todos desceram da van e ficamos ali por uns 20 minutos.
A próxima parada estava prevista para acontecer na rodovia Gov. Carvalho Pinto no Graal Market. Essas duas paradas equivalem a dividir a viagem em três partes quase de igual distância, fazendo com isso com que a viagem não se torne muito estressante e que as pessoas possam trocar de lugares a fim de melhorar a dinâmica interna.
Saindo da primeira parada, todos alegres e renovados com a troca de acentos, pessoal farofando dentro da van, aquele cheiro de bolinho de carne, coxinha, sanduíches variados… seguimos viagem rumo a próxima parada.
Tudo normal até o início da subida da serra, mas logo comecei a perceber que a estrada estava bem alagada, em determinados trechos tinha muita agua na pista, tínhamos passado por alguns momentos de chuva mas nada exagerado ou que se tornasse um alerta de que algo pudesse ser preocupante a nossa frente.
Ainda durante a subida da serra comecei a observar que o tráfego de caminhões havia diminuído ainda mais, estranho mas achei que poderia ser pelo horário também, mas ai veio o meu primeiro susto!
Trafegando pela faixa da direita na subida da serra, resolvi alternar para trafegar pela faixa mais central…foi a minha sorte!, logo a minha frente vimos uma queda de barreira que aconteceu praticamente na nossa frente, por sorte estávamos na faixa de tráfego não afetada, o que foi somente uma rápida guinada para a esquerda evitando assim que passássemos por cima dos entulhos respingados na nossa via.
Passado o susto fiquei mais preocupado e atento com o que estava acontecendo pois outros pontos poderiam ter o mesmo problema. Seguimos e concluímos a subida da serra sem maiores problemas. Após a subida da serra continuou os pontos com bastante agua na pista ocasionando a diminuição da velocidade e a direção mais preventiva.
Distante uns 12km para acesso ao rodoanel em SP o transito parou. Inicialmente achei que era uma parada rápida, mas logo fui observando que os veículos foram desligando seus motores e assim foi por quase 5h de parada. Era 1:50h da madrugada de sábado, só saímos dali 7:10h de sábado. Mais de 5h parados, sem acesso a banheiros ou a qualquer estrutura de apoio, inclusive a segurança.
Difícil!, já tive situações de paralizações em estrada mas nunca por tão longo período assim…5h é muita coisa!
Parados, sem acesso a qualquer estrutura de apoio, o negócio é improvisar, foi assim para que as mulheres pudessem ter um local onde pudessem fazer o xixi. Aquelas guloseimas que tanto tirei sarro no começo da viagem foi o que salvou a longa espera, o frigobar da van com agua e também mantendo gelado as outras bebidas do grupo também foi outra fonte de salvação e atenuaram a longa espera.
Passado o tempo de espera e a agonia de ficar ali parado vendo o dia amanhecer, a fila de carros finalmente começou a andar e lentamente fomos rodando até chegar no ponto responsável pela paralização. Foi um grande alagamento provocado pelas chuvas intensas em um curto período de tempo que fez trasbordar um rio e alagar totalmente a pista sentido SP. Tinham vários carros avariados a beira da via, passamos pelo alagamento ainda com água cobrindo pelo menos a metade da roda da minha van, foi preocupante mas passamos e seguimos viagem.
Normalmente nesse horário já estaríamos chegando a Aparecida, porem ainda estávamos a entrar no rodoanel e seguir por um trecho próximo dos 260km. A parada programada para o Graal da rodovia Gov. Carvalho Pinto já deixava de ser realidade e assim tivemos que improvisar uma parada antes do acesso ao rodoanel e seguir o restante da viagem sem outras paradas.
Após o acesso ao rodoanel e seguirmos pela rodovia Mario Covas até o acesso a Carvalho Pinto, o transito estava intenso mais fluindo. Passamos pelo Graal Market e seguimos até acessar a saída para Taubaté, que é onde acessamos a rodovia Dutra. Porem, ao acessar essa saída e entrar na Dutra nos deparamos com um intenso congestionamento que se estendeu até o município de Roseira, tudo isso por conta de uma carga excedente que estava em transito naquele trecho e o transito ficou em meia pista.
Enfim chegamos a Aparecida! Já passava das 11h da manha daquele sábado quando chegamos no hotel, graças a Deus em segurança apesar de todos os percalços do longo período de viagem – 14h de viagem de Curitiba a Aparecida…bati meu recorde nesse trecho!
3 comentários
Scheilla · 3 de fevereiro de 2024 às 16:52
Ufa que situação, mas com a proteção de Nossa Senhora vc e seu grupo chegaram em Aparecida, renovaram a fé e se energizaram para continuar na caminhada da vida.
Scheilla · 3 de fevereiro de 2024 às 16:56
Ufa que situação!!!!
Mas graças a Nossa Senhora Aparecids vcs chegaram renovaram sua fé, e recarregaram suas energias para a vida
Jassa · 12 de fevereiro de 2024 às 09:29
sim, Graças a Deus retornamos com as bençãos de NS Aparecida